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Apnéia - Técnicas, Dicas e

Exercícios

ATENÇÃO AMIGOS PESCADORES SUBAQUÁTICOS!


ESSAS TÉCNICAS FORAM DESENVOLVIDAS POR PESCADORES EXPERIÊNTES, E EXIGEM TOTAL CUIDADO PARA SUAS EXECUÇÕES. NUNCA TREINE APNÉIA SOZINHO, PROCURE SEMPRE TER UM PARCEIRO OU AMIGO JUNTO DE VOCÊ PARA GARANTIR SUA SEGURANÇA. O INTUITO DESSAS TÉCNICAS E EXERCÍCIOS, É AUMENTAR O TEMPO DE APNÉIA, MAS PARA ISSO É PRECISO UM TREINAMENTO CONTÍNUO E UM CERTO TEMPO PARA ADAPTAÇÃO DO PESCADOR QUE FOR INICIAR. LEMBRE-SE SUA SEGURANÇA SEMPRE VEM EM PRIMEIRO LUGAR. DESDE JÁ AGRADEÇO AOS PESCADORES SITADOS ABAIXO POR COMPARTILHAR SEUS CONHECIMENTOS COM OS MENOS EXPERIENTES. A PESCA SUBAQUÁTICA É FEITA DE COMPARTILHAMENTOS DE CONHECIMENTOS. PESQUE SEMPRE COM SEGURANÇA.

HIPERVENTILAÇÃO  (TÉCNICA PROIBIDA)

Por Roberto Nakamura

Inicialmente, vamos repassar alguns conceitos:
1 - PPO2 - Pressão Parcial de Oxigênio
2 - PPCO2 - Pressão Parcial de Gás Carbônico
3 - Início da apeia
4 - Retorno à Superfície
5 - Compressibilidade do ar em relação ao mergulho.
A cada 10 metros, sofremos 1 atmosfera de pressão e o ar dos pulmões reduz pela metade. Na Superfície, temos, por exemplo, 5 litros, a 10 metros, 2,5 litros, a 20 metros, 1,25 litros.
No início da apnéia, estamos com PPO2 alta e PPCO2 baixa.
À medida que o tempo de mergulho avança, a PPO2 vai diminuindo e a PPCO2 vai aumentando.
É muito pessoal o limite de tolerância à hipoxia (PPO2 baixa) e hipercapnia (PPCO2 alta). Cada um aguenta mais que outro e vice-versa.
O óbvio é, no final do mergulho em apnéia, estarmos com PPO2 baixa e PPCO2 alta.
O "gatilho" para "apagarmos" está na baixa PPO2 e o "alarme" na alta PPCO2.
Assim, ao final do mergulho, aumentando a PPCO2 o corpo começa a dar o alarme (aquela sensação de que precisamos respirar) e, se continuamos a apnéia, a PPO2 vai baixando até sambarmos ou apagarmos.
A hiperventilação baixa a PPCO2.
Com isso enganamos o "alarme". Como a PPO2 não vai mudar significativamente ao hiperventilarmos, ou seja, não teremos mais oxigênio por causa disso, vamos sambar ou apagar mais ou menos no mesmo momento.
Assim, a única vantagem da hiperventilação é enganar o alarme.

EQUALIZAÇÃO

Por Roberto Nakamura

Existem vários tipos de equalização. Devido a diferenças de formação da tuba
auditiva, nem todas as pessoas conseguem fazer todos os tipos.
São eles:

1 - Mastigando, engolindo e colocando a cabeça à frente

2 - Manobra de Valsalva

3 - Marcante-Odaglia ou Frenzel

4 - BTV (Béance Tubaire Volontaire)

Mastigando e Engolindo e colocando a cabeça à frente

Esta é a forma mais fácil e natural de se equalizar. Com o nariz tapado, faz-se o movimento de mastigar e engolir, projetando a cabeça (mais precisamente o queixo) para a frente. Nesse caso, quase que naturalmente a compensação acontece. A menor pressão do ouvido, mais a maior pressão dos pulmões, vão ajudar na manobra, não requerendo pressurização (fazer pressão com o nariz e boca tapados).
Essa técnica vai bem para aquelas que têm as trompas de Eustáquio mais livres e que dificilmente têm problemas com a equalização. Recomenda-se a utilização dessa técnica somente após o mergulhador estar habituado às técnicas que demandam pressurização. Isto serve para prevenir eventuais desconfortos até estar habituado ao processo de equalizar.

Manobra de Valsalva

Antonio Valsalva viveu no século 18 e foi o primeiro a registrar uma técnica de
pressurização do ouvido médio. Essa manobra demanda pressurização. Com os dedos pinçando o nariz, as bochechas contraídas, faz-se um movimento para soprar o ar para fora. Como o ar encontra resistência para sair pelo nariz ou pela boca, vai para o ouvido através da tuba auditiva.
Esta é, talvez, a mais intuitiva das formas de equalização e mais recomendável para quem estiver iniciando no mundo do mergulho livre.

Manobra de Marcante-Odaglia ou Frenzel

Herman Frenzel foi um comandante da Luftwaffe que ensinou esta técnica aos
pilotos de bombardeiros durante a Segunda Guerra Mundial. A mudança de pressão na aviação comercial é geralmente muito mais sutil e ocorre mais devagar que no mergulho. Já um piloto de bombardeiro experimenta a mudança de pressão mais rápido, bem parecido como quando se mergulha. A técnica desenvolvida para voar é fechar as cordas vocais, assim como se você fosse levantar um peso pesado. O nariz é pinçado e faz-se um esforço para fazer um som gutural “gã”. Fazendo isso, você levanta o último terço da língua e o “Pomo de Adão” se elevará. Esta técnica também é chamada de “pistão da garganta”. É como se o mergulhador usasse a língua como um pistão, que empurra o palato mole para cima. Esta manobra comprime o ar na garganta e o esforço de pressurização pode ser sentido na parte mole do nariz. Um mergulhador pode praticar essa técnica observando a parte mole do nariz inflar ao mesmo tempo que move o pomo de adão para cima e para baixo.
Bobbing the "Adams Apple" is good practice for dive-bomber pilots and scuba divers alike. Esta técnica pode ser utilizada a qualquer momento, o esforço é breve e pode ser repetido várias vezes, mesmo rapidamente.

BTV (Béance Tubaire Volontaire)

Essa seria a fórmula 1 da equalização. Não são todos os mergulhadores que
conseguem praticá-la, mas com certeza é a que menos “força” a orelha.
Nos anos 50, a marinha francesa desenvolveu uma técnica para equalização da orelha média também chamada “Voluntary Tubal Opening”.
A BTV consiste basicamente em manter à tuba auditiva aberta constantemente, desde o início do mergulho. Funciona como um passo avançado da técnica de Marcante-Odaglia ou Frenzel.
Como somente poucos apneístas conseguem praticá-la, é difícil descrevê-la, mas observando-se o palato mole desses mergulhadores, percebe-se que eles
conseguem movimentá-lo para cima e para baixo sem o auxílio da língua. Nesse mesmo momento conseguem abrir a tuba auditiva com os músculos superiores da garanta.
Ao descer praticando BTV, somente quando se atinge profundidades a partir dos 30, 35 e até 40 metros é que o mergulhador sente alguma dificuldade em equalizar. Ótimo, não?

Existem ainda algumas recomendações para a equalização:

1 - Lembre-se que sem equalizar não é possível mergulhar.

2 - Nunca espere a dor para equalizar. Faça o movimento de equalização antes.

3 - Se estiver em dúvidas em como equalizar, treine antes. Mesmo no seco ou numa piscina é possível conhecer as dificuldades. Não espere a frustração de chegar naquele lugar maravilhoso, cuja viagem foi planejada há meses e meses atrás, para descobrir que não consegue ver aquele peixe ou coral mais de perto.

4 - Estando congestionado. Na pior das hipóteses fique na superfície observando o fundo do mar. Já é um bom anti-stress e preserva sua integridade física. Não vale a pena romper um tímpano por um mergulho.

5 - Nunca use descongestionantes sem orientação médica. Há risco de barotrauma inverso, como foi dito antes.

6 - Caso aconteça de estar mergulhando sem problemas e, de repente parar de
equalizar, uma dica é parar onde está, ficar com a cabeça pra cima e tentar
novamente. Conseguindo, inicie a subida para a superfície imediatamente e não desça mais.

7 - Não existem, até o momento, remédios milagrosos que resolvam as dificuldades de equalizar.

I - TREINAMENTO DE APNÉIA DINÂMICA NO SECO

Autor: Augustin Spinosa

Este treinamento de apnéia dinâmica no seco consiste em séries de exercícios de mínima, média e grande recuperação, executados nas fases II e III da apnéia, assim como nas apnéias completas. Lembrando que as três fases da apnéia são:

1 - fase – neutra

2 - fase – hipercápnica

3 - Fase – hipocápnica ou hipóxica.

Os exercícios são realizados na forma de caminhadas. Os passos devem ser
enérgicos e constantes, procurando não perder o ritmo à medida que chegamos ao final das apnéias. Não se pára nunca; nem durante a apnéia, nem durante a ventilação. As séries de apnéia devem ser realizadas no mínimo 5 horas depois da última refeição e se for 6, melhor.

EXERCÍCIOS DE CAMINHADA EM APNÉIA

Exercício introdutório.

Para começar; só um exercício. Realizá-lo ao menos durante as duas primeiras
semanas.

1 - Trabalho Inicial.

40 repetições x (35” de apnéia + 25” ventilação) = 40 x 1’ = 40 min.
Este exercício é proposto para iniciar-se no aprendizado da ventilação completa. Aqui o trabalho da apnéia em si não é importante, se trata de trabalhar a ventilação, indispensável para a correta realização do resto dos exercícios, por isso neste exercício não se propõem incrementos do tempo de apnéia. Este é um exercício de controle da ventilação completa: diafragmática, toráxica e subclavicular, e não é um exercício de apnéia propriamente dito. Uma semana realizando este exercício durante, pelo menos, quatro dias seria o ideal. Uma vez terminado este ciclo introdutório se começa com os exercícios específicos de apnéia.

Apnéias parciais.

Nestes exercícios são realizados, de forma isolada, a apnéia hipercápnica e a
apnéia hipóxica que são classificadas, respectivamente, como a fase 2 e a fase 3 da apnéia:

 

2 - Trabalho do inicio da fase 2 da apnéia (hipercápnica).

Exercícios de duração inferior a 1 minuto, recuperação mínima.
40 repetições x uma só ventilação a cada 30” de apnéia = 20 min. Isto é, a ventilação se reduz a sua mínima expressão; respiramos uma só vez (uma
inspiração, uma expiração) a cada 30 segundos, repetindo este ciclo durante 20 min. A dificuldade é aumentada prolongando-se o tempo de apnéia até chegar a uma só ventilação a cada 40”. Não se deve ultrapassar os 40” pois, se isto fosse feito, acabaria entrando na fase hipóxica da apnéia, o que não é o objetivo deste exercício.

3 - Trabalho da fase 2 da apnéia (hipercápnica).

Trabalho de apnéia hipercápnica; exercícios de 1 minuto, recuperação média:

20 rep. x (40” apnéia + 20” ventilação) = 20 x 1’ = 20 min.
Se eleva a dificuldade do exercício incrementando segundos de apnéia e diminuindo o tempo de ventilação mas mantendo-os sempre dentro da duração de um minuto para cada repetição da série, isto é, desde (40” apnéia + 20” ventilação) até (55” apnéia +5” ventilação) já que o que se pretende é a repetição de apnéias médias com recuperações curtas. Estas séries têm como objetivo trabalhar de forma específica a totalidade da segunda fase da apnéia, mas sem ir mais além e passar para a fase hipóxica.

4 - Trabalho da apnéia hipóxica.

O trabalho específico da apnéia hipóxica pode ser realizado muito facilmente
realizando meias expirações antes da apnéia e exercícios com os pulmões completamente vazios. Este tipo de apnéia é conhecido pelo nome de apnéia
negativa. Cuidado porque aqui as sensações não têm nada a ver com as anteriores e podem chegar a ser muito desconcertantes. Não se aconselha realizar trabalho de hipóxia mais de duas vezes por semana e recomenda-se este tipo de treinamento somente para aqueles apneístas que realmente pratiquem a imersão profunda, de outra maneira não tem muito sentido realizar este trabalho tão duro e não isento de riscos.

Séries propostas para o trabalho da hipóxia:

20 repetições x (20” apnéia negativa + 40” ventilação) = 20 x 1’ = 20 min.
Nos ventilamos e antes de começar a apnéia deixamos escapar o ar dos pulmões em uma expiração total completando os 20” restantes em apnéia com os pulmões completamente vazios. Sem sair da duração de 1 minuto para cada repetição da série podemos incrementar a dificuldade do exercício reduzindo o tempo de recuperação e incrementando o de apnéia por exemplo (25” ventilação + 35” de apnéia) = 1 min. É importante que aprendamos a sentir e a controlar situações de hipóxia de forma isolada porque isto nos permitirá identificá-las posteriormente quando estas ocorrerem ao final das apnéias propostas nos exercícios de grande recuperação (exercício nº 5) em combinação com as de hipercapnéia.

Apnéia completa

5 - Trabalho da apnéia completa (hipercápnica + hipóxica), séries de 2 minutos, grande recuperação.

10 rep. x (1’ apnéia + 1’ ventilação) = 10 x 2’ = 20 min.
Pode-se aumentar dificuldade da série aumentando o tempo de apnéia e diminuindo o de ventilação mas sempre dentro de dois minutos de duração de cada série desde (1’ de apnéia + 1’ ventilação) até (1’ 30” de apnéia + 30” de ventilação). Estes exercícios trabalharam em sua totalidade as três fases da apnéia e serão complementares aos exercícios anteriores.

II - TREINAMENTO DE APNÉIA PARA INICIANTES

Por Ricardo Augusto Gomes da Costa
É importante começar corretamente um treinamento de apneia. Então como deveremos começar este treinamento? Esta pergunta é simples de responder, e a resposta é fácil de praticar. É preciso ter um apneista de segurança pronto para agir em caso de problemas com o apneista em treinamento. Este é o ponto que define um começo correto de treinamento.
Neste momento podemos dar início à parte específica do treinamento. Em uma
piscina de 25m pode ser treinado as modalidades de estática e dinâmica.
Apnéia Estática
No treino de estática o atleta iniciante vai realizar inspirações e expirações durante 2 minutos, e realizar uma apnéia máxima. O atleta deverá suportar, no máximo, 10 contrações abdominais (do diafragma) antes do término da apnéia.
Explicação sobre o processo:
A respiração realizada deverá ser a respiração yogue: inspiração e expiração máxima utilizando o músculo do abdome, m. intercostais e m. escapulares. Promovendo assim um preenchimento e esvaziamento mais eficiente dos pulmões.
O objetivo principal nesta fase é dar elasticidade à caixa torácica, a fim de movimentar um maior volume de ar com uma crescente diminuição de esforço.
Durante a apnéia o atleta observará seu organismo para poder compreender o que está acontecendo. Na apnéia sabemos que nos primeiros 20segundos o coração bate numa freqüência alta devido à cadência da respiração, para então ir diminuindo até se manter estável. Este fenômeno independe de treino, acontece naturalmente sempre que realizamos uma apnéia, no entanto, c/ o treinamento este será melhorado. Esta freqüência cardíaca estabilizada permanece até o fim da apnéia, e com a retomada da respiração, a batida do coração começa a subir.(com a respiração os batimentos do coração sobem para 100bpm, com o início da apneia estes batimentos diminuem para 60bpm, após 20 segundos de apnéia os batimentos se estabilizam em 40bpm, com a retomada da respiração os batimentos sobem até 80bpm e caem para um batimento de repouso em torno de 60bpm.).
As contrações do diafragma servirão de sinal para informar que o teor de gás
carbônico está elevado. O mecanismo que desencadeia as contrações do diafragma é o seguinte: o corpo mesmo em repouso tem que manter as funções vitais, as células estão trabalhando. Pense que o apneista tem um reservatório limitado de oxigênio, e outro de gás carbônico. No início da apnéia tudo está em equilíbrio. No entanto, o atleta está gastando oxigênio, o reservatório diminui progressivamente.
Só que para cada oxigênio gasto se produz gás carbônico, implicando no aumento do nível do reservatório deste gás. Na verdade estamos tentando explicar que estes gases interferem diretamente na vontade de respirar, o sangue tem seu ph alterado devido a mudança de concentrações dos gases. O cérebro recebe as informações e transmite impulsos para o diafragma contrair, e desta forma, forçando o retorno dos movimentos respiratórios. Se o atleta não responder com o ato da respiração pode sofrer uma sincope.
O apneista deve descansar o mínimo possível entre as apnéias, terminou a
performance relaxa uns 30 segundos faz a respiração yogue por 2minutos e realiza a apnéia. É um ciclo fechado, que tem por objetivo adaptar o organismo a altas taxas de gás carbônico; a baixas taxas de oxigênio; exercitar os músculos respiratórios; e dar elasticidade a caixa torácica. As primeiras apnéias são menores, e tende a melhorar quando o atleta tiver feito umas quatro apnéias.
Vale dizer que em cada dia estamos em condições diferentes e devemos estar preocupados em aprender a linguagem do organismo antes de realizar recordes pessoais.
Obs.: basicamente dizemos que o treinamento nos adapta as variações dos gases O2 e CO2, é uma verdade incompleta. O treinamento nos possibilita uma adaptação psicológica, física, e fisiológica. Alguns estudos mostram adaptações fisiológicas que protegem o cérebro de uma eventual interrupção no fornecimento de O2, como o caso do aumento de capilares através da angiogênese, e produção de substâncias (neuroglobina) que fixam o O2.
Segurança e protocolo de segurança no treino de estática:
O apneista de segurança deve tocar o atleta durante as performances de 15 em 15 segundos, então o atleta responde com um sinal convencionado pelos dois. Caso o atleta não responda ou responda com sinal diferente do combinado, o apneista de segurança deverá retira lo da água imediatamente. O resgate é sempre enérgico sem machucar a vitima, é só retirar a cabeça do atleta da água, livrar suas vias respiratórias de mascaras ou clipes de nariz, abrir a boca e deixar que volte a respirar. O apneista de segurança deve estar sempre atento, deve observar quando começam as contrações, de que maneira se apresentam, e se pressentir algo de errado deve interromper a apnéia do atleta. Realizar o toque na mão do atleta de 15 em 15 segundos é uma forma de garantir que o apneista de segurança está atento, e confirmar as condições do atleta em apnéia.
Apnéia Dinâmica
O material de treino é simples, basta uma máscara, cronômetro e roupa de mergulho para quando a água estiver fria. O treino de dinâmica tem várias formas com vários objetivos diferentes, em nosso caso daremos o treino em questão, que é o treino básico de dinâmica.
Este treino consiste em trabalhar a perna para a batida de nado livre, desenvolver a capacidade de adaptação a níveis altos de gás carbônico e baixo de oxigênio, melhorar a técnica de batidas de perna, encontrar uma velocidade de propagação ideal. Melhorando todos os itens citados anteriormente, o atleta realizará percursos cada vez maiores.
O treino começa com nado de superfície mantendo uma cadência respiratória de um ciclo por cada cinco pernadas de esquerda. Esta fase tem duração de 20 minutos a uma velocidade que eleve os batimentos a um nível suportável e constante por todo percurso. Os batimentos deverão estar em torno de 100 bpm. Assim que termine os 20minutos começa o treino de tiros submerso. Dez tiros de 25m tentando reduzir o tempo para realizar esta distância. O descanso deve ser de 1’00” ou de 5 respirações em alta freqüência, sendo imperativo não respirar além do especificado, e ainda realizar os tiros em alta velocidade.
O objetivo é elevar rapidamente a taxa de gás carbônico no sangue, e fazer o corpo trabalhar com taxa baixa de oxigênio devido a pouca ventilação e consumo durante o exercício.
Terminando esta série começa a de cinco tiros de 50m com 2’00” de descanso ou 20 respirações.
Com o fim do tiro de 50m dará inicio ao deslocamento máximo, que tem por objetivo a maior distância em apnéia, esta prova exige do apneista de segurança uma atenção redobrada. O apneista de segurança deve acompanhar de perto, pronto a realizar o resgate a qualquer momento. Se o atleta anunciou uma distância de 75m o apneista de segurança deverá segui-lo lado a lado nos últimos 25m.
Procedimentos de segurança no máximo deslocamento:
O atleta sempre dirá ao apneista de segurança sua distância desejada, podendo esta ser ultrapassada. O apneista fica preparado para acompanhar o atleta a partir dos 25m anteriores ao anunciado. Uma observação deve ser feita:
Se o atleta faz 50m com dificuldade não pode anunciar 100m , é por em risco a própria segurança.
O apneista de segurança estará nadando na superfície bem próximo do atleta, pronto para agir da mesma forma como foi citado no treino de estática. O apneista de segurança deve estar usando mascara, tubo respirador, nadadeiras, e se achar necessário, uma prancha ou bóia.
O atleta deve utilizar o equipamento básico para o nado de superfície, e para os deslocamentos em apnéia deve tirar o tubo respirador.
Respiração Ideal

O Diafragma e a Respiração Diafragmática

- No mecanismo respiratório, o músculo que separa o tórax do abdômen desempenha papel relevantíssimo. Se você deitar de barriga para cima poderá observar como o abdômen sobe e desce ao ritmo respiratório. O diafragma funciona como uma membrana. Quando desce, intumescendo o abdômen, arrasta consigo a base do pulmão, aumentando o volume interno deste, o que produz a sucção do ar. Isto é a inspiração. Na expiração, dá-se exatamente o contrário; o diafragma, levantando-se, comprime os pulmões, expulsando o ar. Este mecanismo, tão bonito e tão sadio, com a vida sedentária, vai-se perturbando, até quase desaparecer na maioria das pessoas maduras. É como se o diafragma morresse aos pouquinhos. Resta no fim tão somente a respiração com a parte superior dos pulmões. Mesmo entre atletas tal fato acontece.
Quando querem respirar fundo para voltar à calma, levantam os braços, comprimem e intumescem de ar somente o terço superior do órgão. Fazem exatamente o oposto do que o Yoga ensina e que é a forma ideal de respirar. O atleta ocidental inspira estufando o peito e encolhendo a barriga. O yoga inspira projetando discretamente a barriga, puxando para baixo o diafragma, enchendo, assim, não somente o ápice, mas também e, mesmo antes, a base do pulmão, que é a zona mais rica em alvéolos, portanto a mais importante para a economia vital.
A morte do diafragma paralisa a movimentação da parede abdominal. Esta, por falta de exercícios, definha, não podendo mais sustentar em seus devidos lugares as vísceras, que se dilatam e caem sob a solicitação da gravidade. E a velhice muito cedo chega, com a gordura que se acumula na barriga. A visceroptose, este deslocamento das vísceras, é corrigida mediante a respiração diafragmática que você vai aprender daqui a pouco.
A respiração ocidental nega ao organismo um tesouro de benefícios decorrentes da massagem automática e natural que a respiração diafragmática promove nos órgãos internos e nas glândulas, que, do ponto de vista quantitativo, trabalhando apenas com um terço do pulmão, reduz proporcionalmente a “capacidade vital”.
A respiração diafragmática tem sido utilizada no tratamento de moléstias cardíacas. Ela massageia com brandura e naturalidade o coração. O professor Tirala, de Wiesbaden, é o pioneiro neste tratamento. No restabelecimento do presidente Eisenhower a respiração teve papel significativo.
Massagem igual a que recebe o coração todas as vísceras recebem. No caso dos intestinos, ela é particularmente benéfica, curando a prisão de ventre, contribuindo assim para livrar o organismo das massas putrefatas.
Rejuvenescimento progressivo é outro dividendo que seguramente se recolhe. A respiração abdominal também é utilizada como elemento principal em regimes de emagrecimento. Atuando diretamente nas causas da obesidade, é o mais definitivo e sadio método de emagrecimento.

Depois de tudo isto saber, o leitor pode estar ansioso pelo “mapa da mina”, isto é, a técnica da respiração diafragmática. Vamos a ela.

- Antes de qualquer outra coisa, faz-se imprescindível restaurar os movimentos naturais do diafragma, perdidos em massas de gordura, sufocados por cinturões apertados, esmagado por vísceras crescidas. Sem este exercício preliminar, nada pode ser obtido e nada deve ser tentado.Ativação do diafragma 
Trata-se de exercício puramente mecânico. Nele ainda não nos preocupamos propriamente com a respiração. Sentado ou em pé, tendo previamente esvaziado os pulmões, movimente a barriga para diante e para trás sob a ação do diafragma. Desde este primeiro exercício você deve habituar-se a manter sua atenção no que esta fazendo.
Comece com um minuto no primeiro dia e vá acrescentando um nos dias subsequentes até atingir cinco. Não use de violência, pois poderá sentir alguma dor, a qual deverá passar com o repouso. Evite a prática se o estômago estiver cheio.

#PersonalDiver

#DiveTrip

Fonte: Internet
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