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Sobre a Pesca Sub

ADAPTANDO AO MEIO AMBIENTE

O fator mais importante para se realizar uma boa pescaria, é a completa adaptação do individuo sobre as condições que o mar pode trazer para você.

O individuo que pretende fazer a pratica da pesca sub deve ter certa "intimidade" com o mar e suas surpresas, você estará “trabalhando” em um ambiente que seu corpo não está acostumado, no inicio de cada mergulho o corpo sofre alterações para se adaptar a essas novas mudanças, o corpo vai criar de principio uma “defesa” contra essas novas mudanças, podendo nesse momento definir a qualidade de seu mergulho, o apneista e recordista mundial PIPIN descreve que “os 10 primeiros metros na descida é onde o mergulhado da modalidade NO LIMITS decide se continua ou aborta sua tentativa”, o mergulhador aprende a perceber os sinais de aviso que o corpo passa para ele.

Qualquer pânico que você sofra durante o mergulho deve ser administrado da forma mais calma e prudente possível, quanto mais você entrar em desespero, gera um aumento da adrenalina, e conseqüentemente sua queima de oxigênio vai se elevar, diminuindo assim seu tempo para uma possível solução do problema.

O mergulhador tem que estar preparado para os mais diversos tipos de imprevistos: se enroscar na linha da bóia, levar um reboque de um peixe grande, ficar preso a linha do arpão após efetuar um disparo podendo ficar preso em alguma pedra e na subida você se enroscar na linha da carretilha, ficar enroscado em redes de pesca, linhas de pesca no fundo, cabo de ancoras e tantos outros fatores.

Para todas as situações o melhor a se fazer é manter a calma, estar sempre com seu parceiro de pescaria. Ainda não pode ter acontecido com você, mas você não vai querer esperar a primeira oportunidade para ver se vale a pena se precaver.


APRENDA ESCUTAR O MAR

Aprender a escutar o mar é outra vantagem que o caçador pode obter, um caçador experiente tem a facilidade de reconhecer sons que podemos ouvir no mar, podemos escutar desde peixes mariscando até o ranger da abertura da cracas de uma pedra, é comum em pesqueiros onde se encontra Budião Azul, ouvir seus dentes raspando alimentos das pedras.

Muitos conseguem achar pedras pelos sons, a água tem uma transmissão bem superior que a conseguida fora da água, o que vai favorecer para o bom caçador "rastrear" esses sinais.

A dica é você começar à acostumar a perceber esses sons para obter melhores resultados em suas pescarias, quando você tiver adquirido tais maliciais, você vai notar uma melhora em seus resultados.


APROXIMAÇÃO AO PEIXE
 
É de conhecimento que o alcance útil do tiro disparado de uma arma pneumática, não supera 3-4 metros, ao se utilizar arbaletes de elástico pode-se atingir 5-6 metros. Desta forma, para se atingir com segurança um animal marinho é importante que o caçador se aproxime o mais possível.

Algumas regras de aproximação

1) O caçador, ao se aproximar de uma toca deve sempre apoiar a mão livre numa rocha para permitir o equilíbrio e evitar o desvio do arpão com o eventual movimento da água.

2) Quando nas proximidades da toca, avizinhar-se pelas laterais introduzindo o arpão junto com o facho de luz, sem tocá-lo nas pedras e ligar antes a lanterna.

3) Assegure-se que efetuou com sucesso a manobra da compensação do ouvido médio e da máscara e que não tenha bolha de ar no respirador.

4) Se necessário, procurar entrar na toca e começar a exploração pela parte mais escura e no alto.

5) Nunca ir em direção ao peixe, deixe que ele venha até você, a maioria dos peixes ficam curiosos e voltam em direção do mergulhador, quando mais você correr pra cima do peixe, mais ele ira se distanciar.

6) Esconder a arma, com a arma recuada o peixe chega a se aproximar mais do mergulhador.


CAPACIDADE PULMONAR

1 - Volume Residual - O ar contido neste espaço fica contido nos pulmões mesmo após uma expiração máxima (contém ar viciado).

2 - Volume de Reserva Expiratória - Usado somente quando aumenta o volume de ventilação, na respiração normal é ocupado por ar viciado.

3 - Volume Corrente - É o volume de ar que se movimenta no ciclo respiratório normal, ou involuntário, em repouso.

4 - Volume de Reserva Inspiratória - Usado somente quando aumenta o volume de respiração (hiperventilação)

Volume de Reserva Expiratória + Volume Corrente + Volume da Reserva Inspiratória = Capacidade vital (é o volume máximo de ar que pode ser expelido dos pulmões, após uma inspiração máxima, é medida pelo expirômetro)

Volume Residual + Volume da Reserva Expiratória + Volume Corrente + Volume da Reserva Inspiratória = Capacidade Total.


COMPENSAÇÃO

No seu seu conjunto, o organismo humano está preparado para suportar enormes pressões, porque é composto de sólidos e líquidos que são praticamente incompressíveis.

Como já vimos os limites do mergulho livre são decorrentes dos fenômenos que provocam a redução de volume das cavidades. Quando o volume de ar contido nos pulmões fica reduzido pelo efeito da pressão hidrostática a um volume mínimo, provocando o fechamento dos alvéolos, nosso mergulho profundo está terminado e temos de voltar. Se insistirmos em prosseguir, todo o sistema entra em depressão, e dai pra frente vamos enfrentar sérios problemas barotraumáticos.

O fenômeno que permite durante o mergulho compensar nos pulmões a pressão hidrostática é espontâneo e se processa por meio da redução do volume pulmonar, facilitado pela contração da caixa torácica. A caixa torácica contorna a maior cavidade aérea, representadas por um conjunto de canais pelos quais passa o ar.​​​​​​

O ouvido médio é separado do ouvido externo por um canal munido de uma membrana timpânica, medindo cerca de 09 milímetros de diâmetro e dotada de uma limitada elasticidade.

Além de 03 ou 04 metros de profundidade, teremos um processo progressivo de traumatização do tímpano, caracterizado por fortes dores. Poucos indivíduos privilegiados conseguem compensar os tímpanos espontaneamente, enquanto a maioria são obrigados a fazer a manobra de compensação, que consiste em apertar o nariz fechando as fossas nasais, mantendo também a boca fechada, e, com uma contração pulmonar, gerar uma pressão interna superior à hidrostática, que facilita a abertura das trompas de Eustáquio. A primeira compensação deve ser executada logo no inicio do mergulho, sem esperar alcançar uma profundidade que possa criar uma diferença, prejudicial à abertura das trompas. Durante a descida teremos de efetuar várias compensações de acordo com as profundidade, os intervalos necessários entre uma compensação e outra serão menores nas proximidades da superfície, aumentando progressivamente com a profundidade.


DISPARO


1º Disparo


As armas de caça submarina não tem massa de mira, e mesmo que tivessem, de pouco adiantaria. A mira se faz no prolongamento do braço, acertando a linha de visada ao longo do cano da arma, procurando guiar o tiro por aproximação. No momento do tiro o caçador deve permanecer imóvel, para evitar o desvio do arpão. No sentido de conseguir melhor precisão, o caçador deve encostar a parte posterior da arma junto à face lateral da máscara. Em ordem de preferência e, se pudéssemos escolher o melhor ponto de impacto do arpão, em primeiro lugar viria o cérebro.

É o ponto mais mortal do peixe onde conseguimos “apagá-lo”, isto significa imobilizá-lo totalmente, impedindo-o de se refugiar nas tocas ou debater-se tentando se livrar do arpão. Este tiro é frontal, e atinge o peixe de cima para baixo. No caso do peixe se apresentar de lado, o caçador deve procurar acertar o tiro o mais próximo possível da cabeça e, de preferência, na metade superior, tomando como base o inicio da linha lateral com o opérculo branquial.

Devemos considerar que os peixes não tem sensibilidade dolorosa. Desta forma, ao serem atingidos no centro do corpo, por exemplo, continuam com toda a vitalidade, procurando de toda forma desvencilhar do arpão que, por vezes “rasgam” e o caçador perde sua presa. Acertar um peixe de passagem, que passam velozmente na frente do caçador, a mira deve ser na direção da boca que, com a somatória do movimento do peixe com a velocidade do arpão, certamente será atingida nas proximidades do opérculo branquial.

Deve-se ter em mente que no momento do tiro o braço deve estar estendido e firme de forma a oferecer o máximo de apoio e resistência ao recuo da arma, devido a densidade da água, sabe-se que o arpão precisa de força para acelerar e vencer sua resistência e, se no momento do tiro o braços estiver “mole” não conseguira os mesmos resultados.

Disparar a arma muito próximo à peixes grandes, pode ser contraproducente, pois devido ao mecanismo propulsor das armas, o arpão precisa percorrer um espaço fora do bocal, para adquirir total aceleração e eficácia no impacto, assim, a distância ideal do tiro com armas pneumáticas é de 1,50 a 2,00 metros a partir do bocal.

2º Disparo


Muitas vezes podemos nos deparar com a necessidade de um segundo tiro, quer seja para retirar um peixe da toca como garoupa, ou mesmo para assegurar a recuperação de um olho-de-boi. Nestes casos é fundamental que os caçadores estejam munidos de equipamentos perfeitamente funcionais, para evitar perda de tempo que pode custar a perda do peixe. A bóia poderá ser de grande ajuda nestes casos, pois poderá fornecer de imediato um segundo arpão, um bicheiro, uma lanterna pequena e potente . O caçador deve manter preparado no seu equipamento um arpão reserva desprovido de farpa que servirá para apagar um peixe entocado, ao mesmo tempo que permite a retirada do arpão com facilidade.

EQUILIBRIO E LASTREAMENTO
 
Embora haja diferenças fundamentais de indivíduo para individuo, o homem flutua na superfície quando tem os pulmões cheios de ar. Mas quando ele começa a mergulhar, o ar contido nos pulmões, sendo um gás, portanto sujeito à compressão conforme a lei de Bolye e Mariotte, reduz seu volume progressivamente.

Já vimos que em 10 metros de profundidade este volume é reduzido pela metade. Pelo princípio de Arquimedes, a redução de volume do corpo humano provoca uma menor quantidade de líquido deslocado e, conseqüentemente, um menor empuxo de baixo para cima. Em outras palavras, o corpo humano aumenta sua densidade e o seu peso em relação à água. A flutuabilidade que ele tem na superfície vai rapidamente diminuindo e, em uma determinada profundidade, some totalmente. O peso especifico do corpo fica exatamente igual ao da água na qual está imerso.

Nesta profundidade, chamada quota de equilíbrio, o corpo humano não sobe nem desce, enquanto, além da quota de equilíbrio, a tendência é ir para o fundo. Em que profundidade vamos encontrar a quota de equilíbrio? A profundidade é diferente de individuo para individuo, mas entre a maioria dos mergulhadores ela se situa entre os 10 e 12 metros.

Acima da quota de equilíbrio, se o mergulhador ficar inerte, voltará sempre a superfície, enquanto abaixo esta quota, ele será levado inexoravelmente para o fundo. Este fenômeno é de grande importância para a segurança e para a própria mecânica do mergulho. A natureza nos deu uma ampla faixa de segurança, de mais ou menos 10 metros de profundidade, dentro da qual, qualquer acidente mecânico ou fisiológico que possa provocar um desmaio terá conseqüências bem menos graves, porque de qualquer modo o corpo voltará à superfície.

O excesso de lastro provoca um aumento da densidade e do peso do corpo humano, colocando a quota de equilíbrio bem mais próximo da própria superfície e as vezes acima dela. Evidentemente, o excesso de chumbo facilita as coisas para o mergulhador no inicio do mergulho, ele não precisa esforçar-se muito para vencer a flutuabilidade natural do corpo humano. Em compensação, a economia de forças obtida no inicio do mergulho será paga com um dispêndio de forças equivalente na volta à superfície, quando o mergulhador deverá vencer o empuxo negativo provocado pelo excesso de peso.


OBSERVAÇÃO PELA SUPERFÍCIE

Durante a permanência na superfície, o caçador se desloca acionando as nadadeiras com movimentos suaves, procurando explorar o fundo no alinhamento do fim da pedraria com o inicio do fundo arenoso. A seleção do ponto mais apropriado para ao mergulho e a caça propriamente, fica por conta do desenvolvimento da faculdade instintiva e intuitiva do caçador. A respiração pelo snorkel deve ser tranqüila e regular, com mais experiência e adaptação, o caçador verá que instintivamente sua respiração será mais lenta e mais profunda, para manter sua corrente sanguínea sempre enriquecida de oxigênio. Este é o momento em que o mundo exterior não deve existir, pois sua atenção deverá se concentrar unicamente no ambiente em que se encontra, aprender a se concentrar faz parte do conhecimento necessário para se atingir o sucesso na arte da caça submarina.

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A observação do fundo não deve ser generalizada de forma superficial e sim particularizada, procurando estudar setor por setor, lembrando que quase todos os animais que habitam as pedras se mimetizam, ficando parecidos com algas, pedras, areia enfim, ao ambiente em que se encontram. Com uma exploração lenta e metódica o caçador se habituará a observar bem e se condicionará a ter “olhos para ver”, ou seja, educar seus sentidos para uma perfeita distinção dos organismo aquáticos .

Antes de se decidir qual direção seguir ao longo da costeira é oportuno que o caçador tenha em mente dois fatores: a direção da corrente e a posição do sol. A corrente deve ser a seu favor, para evitar que seja desperdiçada energia ao se nadar no sentido contrário, o que abreviaria o tempo de apneia e diminui drasticamente o rendimento, o sol deve preferencialmente estar nas costas, não importando a inclinação. No caso da direção da corrente assim não permitir, no momento da virada posicione-se de costas para o sol. É certa a afirmação que a sombra do mergulhador projetada no fundo venha a advertir algumas espécies de peixes de sua presença.

OBSERVAÇÃO DE FUNDOS E TOCAS

Exploração Pelo Fundo


As águas costeiras brasileiras, em condições excepcionais de transparência, incluindo as ilhas continentais mais afastadas não permitem uma visão vertical superior a 17/18 metros. Uma visibilidade superior aos 20 metros somente é possível nas ilhas oceânicas. Sabemos que, quando a água apresenta visibilidade de 10 metros, em nossa costeira, estamos em excelentes condições. Vale a pena lembrar que, dependendo da posição do sol, e principalmente pela maior densidade de pequenas partículas em suspensão que permanecem na camada superior da água, a visibilidade horizontal no fundo é superior a vertical na superfície.

Uma boa prática é explorar o fundo mergulhando a meia água (7/8 metros), o que permite observar mais apuradamente setor por setor. Ao avistar algo de interesse no fundo, o caçador pode retornar a superfície para preparar outro mergulho, ou, se estiver em plena apnéia, descer até o fundo. Próximo às pedras é comum a formação de espuma branca, resultante do batimento da água de encontro às pedras o que prejudica sobremaneira a visão subaquática que, somando-se às partículas em suspensão bloqueia totalmente a visibilidade do mergulhador.


Exploração das Tocas

Como sabemos, os peixes territoriais habitam as tocas tais como: Garoupas, Badejos, Sargos etc. A titulo de esclarecimento devemos lembrar que, quando o caçador perscrutar o fundo rochoso e conseguir, por exemplo, ver dentro da toca: cinco Sargos, três Badejos e uma Garoupa, pode estar seguro que, longe de seu alcance visual, porém nas proximidades ocultam ao menos quinze Sargos, dez Badejos e três ou quatro Garoupas. Isto significa que a exploração das tocas pelo caçador é muito mais rendosa do que a simples observação pela superfície e eventual mergulho quando ocorrer algum avistamento.

É importante para o caçador saber distinguir entre uma toca que o peixe utiliza como refúgio temporário e aquela que usa como morada fixa. A primeira usada é de estrutura mais simples, vulnerável e facilmente acessível, já as tocas que são utilizadas como moradia fixa, ao contrario da primeira, são extremamente complexas, com subdivisões internas, formando diversos compartimentos normalmente escuros, oferecendo um refúgio perfeito.

Sua entrada normalmente é na base da rocha seguindo-se um corredor que dá acesso a uma câmara maior onde o peixe normalmente se refugia na parte de cima. Quando a toca é ampla mas de pouca profundidade, o caçador poderá rapidamente explorar seu interior e descobrir se tem alguma coisa de seu interesse. A observação das partes altas da rocha é importante, pois a garoupa, por exemplo poderá estar imóvel junto à parede, colada lateralmente na parte de cima, confiando em seu mimetismo.

Uma toca que se apresenta com maior profundidade torna-se necessário penetrar com o corpo o mais possível: o caçador deve ter em mente que a penetração na toca deve ser no máximo até a linha dos pés, inicialmente pode parecer um tanto estranho penetrar com o corpo na escuridão da toca despertando um pouco de medo, mas com o tempo o caçador se acostuma a executar a manobra instintivamente.

A movimentação da água, entrando e saindo na toca, a principio, obedece à mesma do fluxo e refluxo das ondas na superfície. Assim, pode ocorrer um movimento da massa d´água “empurrando” o mergulhador para dentro da toca, é importante se ter em mente que o mesmo movimento de “empurrar” terá, em segundos, sua ação em sentido contrário. O caçador deve evitar os parcéis muito rasos onde o mar forma ondas, para se aproximar destes pontos, o caçador deve escolher o lado contrário ao da correnteza.

Levando-se em conta que na água a transmissão das ondas vibratórias e sonoras produzidas pelos movimentos de descida e aproximação são facilmente percebidas pelos peixes, o caçador ao abordar uma toca deve fazê-lo com a manobra da compensação completada e com a lanterna. Ao se aproximar da entrada da toca deve eleger um dos lados evitando ocupar o espaço central da entrada principal, isto porque visto de dentro da toca a imagem do caçador será projetada como uma grande figura ameaçadora, afugentando os peixes para o fundo ou para locais inatingíveis. No momento da abordagem o caçador deve direcionar o facho de luz para as partes mais altas da toca, com a arma apontada na mesma direção.


VIRADA EM TRÊS TEMPOS
 
Na superfície, o caçador sub mantém o seu corpo na horizontal. O snorkel sai da superfície quase formando um ângulo de 90 graus com o plano da água. A arma é sustentada com o braço, também formando 90 graus com a superfície, para não se cansar inutilmente os músculos.

1) Depois de oportuna hiperventilação, executada com o corpo imóvel, e com um movimento mínimo de pernas, apenas o necessário para que se mantenha a posição quando houver correnteza, o caçador começa a segunda fase.

2) É o inicio do mergulho. O caçador enche os pulmões numa profunda inspiração, e flexiona o corpo a mais de 90 graus, estendendo ambos os braços para o fundo.

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3) O mergulhador ergue agora rapidamente as pernas para fora da água, ficando o corpo em posição vertical. O próprio peso das pernas, ao sair da água, vai empurrar o mergulhador para o fundo. Assim que as nadadeiras transpuserem a superfície, o mergulhador deve começar a mover as pernas para continuar a descida, empurrado agora pelas nadadeiras.

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Treinamento em apnéia 


Por Sportslab  

 
Em termos clínicos, apnéia é a suspensão temporária voluntária ou involuntária da respiração. De forma involuntária, a apnéia pode ser uma ocorrência patológica em pessoas que sofrem de apnéia do sono, ou seja, um distúrbio no qual a pessoa pára de respirar com freqüência quando está dormindo. Como resultado a pessoa não obtém o oxigênio que seu corpo necessita e não consegue repousar adequadamente.

Muitos estudos têm demonstrado a importância e a eficiência do treinamento em apnéia (ação voluntária). Basicamente dizemos que o treinamento nos adapta as variações dos gases O2 e CO2, porém isto é uma verdade incompleta. O treinamento nos possibilita uma adaptação psicológica, física e fisiológica. Alguns estudos mostram ainda adaptações fisiológicas que protegem o cérebro de uma eventual interrupção no fornecimento de O2, como o caso do aumento de capilares através da angiogênese, e produção de substâncias (neuroglobina) que fixam o O2.

Para realizar o treinamento em apnéia, alguns procedimentos de segurança devem ser tomados, são eles:

Em primeiro lugar, é preciso ter um apneista de segurança pronto para agir em caso de problemas com o apneista em treinamento. Este é o ponto que define um começo correto de treinamento.

Depois de cumprida a primeira etapa, podemos então dar início à parte específica do treinamento. Em uma piscina de 25m pode ser treinado as modalidades de estática e dinâmica. No treino de estática o atleta iniciante vai realizar inspirações e expirações durante 2 minutos, e realizar uma apnéia máxima. O atleta deverá suportar, no máximo, 10 contrações abdominais (do diafragma) antes do término da apnéia.

Explicação sobre o processo

A respiração realizada deverá ser a respiração yogue: inspiração e expiração máxima utilizando os músculos abdominais, intercostais e músculos escapulares, promovendo assim um preenchimento e esvaziamento mais eficiente dos pulmões. O objetivo principal nesta fase é dar elasticidade à caixa torácica, a fim de movimentar um maior volume de ar com uma crescente diminuição de esforço.

Durante a apnéia o atleta observará seu organismo para poder compreender o que está acontecendo. Na apnéia sabemos que nos primeiros 20 segundos o coração bate numa freqüência alta devido à cadência da respiração, para então ir diminuindo até se manter estável. Este fenômeno independe de treino, acontece naturalmente sempre que realizamos uma apnéia, no entanto, com o treinamento será aperfeiçoado.

Esta freqüência cardíaca estabilizada permanece até o fim da apnéia, e com a retomada da respiração, a batida do coração começa a subir (com a respiração os batimentos do coração sobem para 100 bpm, com o início da apnéia estes batimentos diminuem para 60 bpm, após 20 segundos de apnéia os batimentos se estabilizam em 40 bpm, com a retomada da respiração os batimentos sobem até 80 bpm e caem para um batimento de repouso em torno de 60bpm).

As contrações do diafragma servirão de sinal para informar que o teor de gás carbônico está elevado. O mecanismo que desencadeia as contrações do diafragma é o seguinte: o corpo mesmo em repouso tem que manter as funções vitais, as células estão trabalhando. Pense que o apneista tem um reservatório limitado de oxigênio, e outro de gás carbônico.

No início da apnéia tudo está em equilíbrio. No entanto, o atleta está gastando oxigênio, o reservatório diminui progressivamente. Só que para cada oxigênio gasto se produz gás carbônico, implicando no aumento do nível do reservatório deste gás. Na verdade estamos tentando explicar que estes gases interferem diretamente na vontade de respirar.

O cérebro recebe as informações e transmite impulsos para o diafragma contrair, e desta forma, força o retorno dos movimentos respiratórios. Se o atleta não responder com o ato da respiração pode sofrer uma síncope.

O apneista deve descansar o mínimo possível entre as apnéias. Terminando a performance relaxa cerca de 30 segundos, faz a respiração yogue por 2 minutos e realiza a apnéia. É um ciclo fechado, que tem por objetivo adaptar o organismo a altas taxas de gás carbônico; a baixas taxas de oxigênio; exercitar os músculos respiratórios; e dar elasticidade a caixa torácica. As primeiras apnéias são menores, e tende a melhorar quando o atleta tiver feito umas quatro apnéias. Vale dizer que em cada dia estamos em condições diferentes e devemos estar preocupados em aprender a linguagem do organismo antes de tentar recordes.

Protocolo de segurança para os treinamentos

O apneista de segurança deve tocar o atleta durante as performances de 15 em 15 segundos, então o atleta responde com um sinal convencionado pelos dois. Caso o atleta não responda ou responda com sinal diferente do combinado, o apneista de segurança deverá retirá-lo da água imediatamente.

O resgate é sempre enérgico sem machucar a vitima, é só retirar a cabeça do atleta da água, livrar suas vias respiratórias de mascaras ou clipes de nariz, abrir a boca e deixar que volte a respirar. O apneista de segurança deve estar sempre atento, deve observar quando começam as contrações, de que maneira se apresentam, e se pressentir algo de errado deve interromper a apnéia do atleta.

Realizar o toque na mão do atleta de 15 em 15 segundos é uma forma de garantir que o apneista de segurança está atento, e confirmar as condições do atleta em apnéia.

Lembre-se que para um apneista é fundamental ter uma boa capacidade de avaliação, pois isto determina sua perícia. Caso um apneista inconseqüente tente realizar uma performance bem acima de sua capacidade, ele contará com uma equipe treinada que fará sua segurança.

Nas outras atividades esportivas a apnéia entra como um complemento; poderia ser um fator para melhorar o desempenho dos velocistas, por exemplo!

Barotrauma

É a causa mais freqüente de acidentes e de desqualificação para o mergulho e para o trabalho em ambientes pressurizados. São causados por obstruções à livre movimentação do ar nos espaços aéreos do organismo, particularmente nas cavidades aéreas cranianas. Podem levar à lesões graves, permanentes e incapacitantes.


EMBOLIA TRAUMÁTICA PELO AR


É a patologia mais grave e de evolução mais reservada que pode acometer mergulhadores.Pode evoluir muito rapidamente para déficits neurológicos, motores ou intelectuais importantes e permanentes ou para o óbito.Exige tratamento agressivo (recompressão) o mais rápido possível.Pode se apresentar de forma indistinguível da Doença Descompressiva tipo II (forma neurológica central).

 

DOENÇAS DESCOMPRESSIVAS


São as mais freqüentes nas atividades de mergulho e em trabalhos em ambientes pressurizados. Podem se apresentar basicamente em duas formas:


TIPO I: manifestações dolorosas articulares associadas à impotência funcional ou manifestações dermatológicas como prurido, eritema, etc., entre outros sintomas periféricos.
TIPO II: manifestações cárdio-pulmonares como tosse intensa, dispnéia, arritmias cardíacas, infarto agudo do miocárdio e parada cárdio-respiratória; ou manifestações neurológicas, periféricas ou centrais, que podem ir de distúrbios de comportamento e sonolência à hemiparesia, hemiplegia, paraplegia, incontinência urinária e fecal e ao coma superficial ou profundo.

Na realidade há uma grande quantidade de sinais e sintomas documentados, decorrentes de doenças descompressivas.
A Embolia Traumática pelo Ar (ETA) e as Doenças Descompressivas formam o grupo cujo tratamento básico é a recompressão terapêutica, através de protocolos especiais conhecidos como tabelas de tratamento.

NARCOSE PELO NITROGÊNIO


Uma ocorrência freqüente que faz parte da história e do folclore do mergulho.Teoricamente, pode ser prevista pela equação de Meyer-Overton, desenvolvida em 1899 e que estima a potência narcótica de um gás inerte, em decorrência de sua taxa de solubilidade óleo/água.
Em geral, à partir de 6 atmosferas, ou seja 50 metros de profundidade, o nitrogênio exerce um efeito narcótico, produzindo a "embriaguez das profundidades", tornando o mergulho potencialmente letal devido à desorientação e perda da capacidade de reação lógica e de julgamento que provoca.

HIPOTERMIA


No mar, a temperatura é frequentemente muito mais baixa do que a temperatura corporal, e quanto mais profundo é o mergulho, maior essa diferença. O uso de vestimentas especiais é necessário e constitui item de segurança.

Podem ser definidas como roupas secas porque mantêm o mergulhador sem contato direto com a água em quase toda a superfície corporal; roupas úmidas porque mantêm uma camada de água entre a pele e a face interna da roupa, para conservar a temperatura; e roupas que recebem aquecimento com água morna à partir da superfície. A hipotermia pode provocar arritmias cardíacas severas e parada cardíaca.

INTOXICAÇÕES POR GASES


No mergulho e no trabalho em ambientes pressurizados, o controle da qualidade do ar respirado e de sua composição, é freqüentemente feito à partir da superfície e aceita uma margem de erro muito pequena. A hipóxia, a intoxicação ou o envenenamento dos trabalhadores devido à falhas neste controle, têm feito vítimas em todo o mundo.
Os agentes causais mais comuns são o próprio oxigênio, o nitrogênio, o monóxido e o dióxido de carbono entre outros.

SÍNDROME NEUROLÓGICA DAS ALTAS PRESSÕES (SNAP)


É um fenômeno atribuído tanto à um efeito direto das altas pressões hidrostáticas quanto à ventilação (respiração) do gás hélio sob altas pressões, como ocorre no mergulho à grandes profundidades. Este tipo de mergulho é definido como mergulho de saturação e se realiza à partir de 50 metros em diante, quando, devido ao efeito narcótico do nitrogênio, já referido, os mergulhadores respiram uma mistura de gases composto de hélio e oxigênio chamada, HELIOX.
A síndrome se manifesta por sonolência, tonteira, náuseas, e tremores generalizados com descontrole dos movimentos finos. Pode evoluir para convulsões.

É oportuno lembrar que:
A expressão mergulho de saturação se deve ao fato de que, respirando uma mistura de gases por um longo tempo e sob uma pressão progressivamente elevada até um limite pré-determinado, o mergulhador chegará à uma situação na qual a quantidade de gás dissolvido em seu sangue será igual ou estará em equilíbrio com a quantidade também dissolvida em seus tecidos (células). Nesse ponto dizemos que o mergulhador está saturado.
O gás hélio, sendo menos denso que o ar, produz ao ser respirado, uma vibração diferente das cordas vocais, resultando na folclórica "voz do Pato Donald" do mergulhador.

OSTEONECROSE


É uma doença degenerativa, silenciosa e incapacitante, que acomete principalmente mergulhadores de saturação ou que já tenham sofrido episódios de Doenças Descompressivas. Tem sido atribuída tanto à intoxicação por oxigênio quanto à embolias aéreas, gordurosas e até à fenômenos osmóticos.
Ocorre uma destruição e necrose asséptica em áreas específicas de ossos longos dos membros e superfícies articulares, especialmente no fêmur, articulação da bacia, úmero, articulação do ombro e na tíbia, sendo necessário afastar o mergulhador definitivamente da atividade profissional quando a doença é constatada.

Respiração carpa (apnéia)

Com a crescente do mergulho livre, muitos de nós temos observado certos atletas durante as competições, antes de iniciarem uma prova, fazerem umas caretas, com a boca em bico, aos beijinhos para o ar realmente esquisito.
Trata-se da famosa Carpa, também conhecida por Packing em Inglês,técnica que permite aumentar o volume de ar pulmonar de um modo mais pleno, do que com uma simples inspiração máxima.Dois ou três apneístas reivindicam a autoria da invenção desta técnica,mas na realidade foi utilizada pela primeira vez em competição pelo francês Jean Delmarre já há quase dez anos, numa prova de apneia estática.

Desde então foi utilizada na generalidade por todos os apneístas, em todas as disciplinas da apnéia. Só uns quantos, embora raros, tais como o Umberto Pelizzari é que se mostraram refractários e continuaram com outras formas de ventilação. Porquê a carpa? Ar, mais ar mais O2 e mais conforto. Esquematicamente, eis duas razões fundamentais porque precisamos de mais ar.

A primeira delas, é porque quanto mais ar inspiramos, mais oxigênio temos, e portanto maior será o prolongamento da apnéia interessante em qualquer disciplina, tanto em estática como em peso constante. A segunda é específica, a apnéia em profundidade, pois os volumes de ar em geral e o dos pulmões mais particularmente, a partir de um certo ponto, com a pressão a aumentar, diminuem podendo chegar mesmo a um certo ponto em que se encontram tão reduzidos que a compensação tanto da máscara como dos ouvidos, se torna impossível.

Sim, parece que nós não temos mais ar para tal. A carpa permite atingir-se esse ponto critico uns quantos metros mais abaixo, e em teoria, quanto mais carpas se fizer mais abaixo esse patamar será. Porque estamos nós limitados na quantidade de ar que conseguimos inspirar ?Há vários fatores a considerar :Tamanho dos Pulmões, Caixa Torácica, Extensibilidade Muscular, Mobilidade do Diafragma Qualidade dos Músculos Inspiratórios, Técnica de Respiração Estado de Fatiga. A inspiração é um momento onde estamos ativos.

Devemos mobilizarcertos músculos (inspiratórios) para criar uma depressão nos pulmões para que estes se encham de ar. A caixa torácica, os músculos que a rodeiam, assim como vários outros fatores tais como o cansaço ou o stress originam uma força que se opõe ao trabalho dos músculos inspiratórios. Chegando ao que nos parece ser o limite de inspiração, ainda nos resta a carpa, que sem esforço algum permite a entrada a um precioso suplemento de ar nos pulmões ainda com capacidade para tal.Técnica: Não se deve encarar a carpa como uma sucessão de inspirações máximas umas seguidas de outras, mas sim várias " compactagens " depois de uma inspiração máxima.

É o principio da dupla entrada onde:

1ª entrada é aboca
2ª é a glote.

Depois de uma inspiração máxima 3 fases:

1° Glote fechada boca aberta
2° Boca fechada... glote fechada
3° Glote aberta... boca fechada etc....

Na maior parte dos casos é bastante difícil tomar consciência da posição da glote, e por vezes torna-se complicado por muito simples que pareça, coordenar as três fases. Portanto, o mais simples será de o fazer num primeiro tempo de uma maneira muito mais natural. Quando a nossa boca está fechada, a língua,colada contra o palato ocupa a totalidade da cavidade bocal.

Partindo desse principio, cada vez que abrimos a boca e que tornamos a fechá-la,a língua ao substituir o lugar do ar, este só pode ir para a traquéia, e para os pulmões (ou para o esôfago e o estômago se o movimento fora acompanhado por uma deglutição). Automaticamente ao realizar este exercício, por pouco que estejamos relaxados, a glote abre-se e o ar penetra nos pulmões. A sucessão de carpas acabará por aumentar conseqüentemente a quantidade de ar nos pulmões. Como verificar que está a resultar: Só começando a executar as carpas já com os pulmões cheios ao máximo.

Ao fim de um certo número de carpas, começa se a ter uma sensação desagradável sentimos uma pressão intra-torácica ao nível do esterno, que vai aumentando com a quantidade de carpas.Erros a evitar. Não começar este exercício dentro de água. Preferir fazê-lo antes fora da água em ambiente calmo. Executar carpas com os pulmões semi-cheios. Neste caso chegamos ao fim da apnéia sem ter ainda sentido qualquer pressão a aumentar ao nível dos pulmões. Executar os carpas muito lentamente.

No final, este exercício deverá ser realizado o mais rapidamente possível porque é tempo precioso retirado à nossa apnéia. Executar carpas e forçar. No inicio os nossos pulmões não estão habituados a esse excesso de ar e portanto não devemos logo do inicio executar as carpas de maneira intensa. Com o tempo e com treino, os pulmões com maior elasticidade já mostram uma maior tolerância. Impacto sobre o organismo.

O recordista belga Frédéric Buyle foi um dos primeiros a participar em protocolos de pesquisa sobre os efeitos da apnéia profunda no organismo.

A técnica da carpa foi estudada e foi mostrado que levada ao seu extremo, pode ter conseqüências secundárias nocivas eis as principais: Extensão dos alvéolas pulmonares com risco de lesões mais ou menos graves, a mais impressionante dentre elas, sendo o pneumotórax. Compressão do coração entre os dois pulmões tornando difícil o seu desempenho. Aumento anormal da pressão arterial, com risco de lesões ao nível do sistema circulatório embolia cerebral.

Comece com 5 carpas, e depois de alguns meses de prática, vá aumentando um pouco. Não se esqueça de praticar este exercício com moderação. Carpa e treinos. Podemos imaginar duas filosofias. A primeira consiste em treinar com condições ótimas ( meteorologia, material, estado psicológico etc). Neste caso, o objetivo será de ter um máximo de boas sensações durante as apnéias nos treinos. Apnéia STRESS LESS.

O frio, a escuridão e apressão hidrostática são fatores que podem proporcionar stress e que muitas vezes fazem estagnar um indivíduo na sua progressão. Contra o fator "pressão", existe a carpa, e muitos começarão a executá-la muito cedo no seu programa de treinos. Pode ser uma boa táctica pois o atleta sai confiante em um treino deste tipo, e sempre com vontade de voltar a treinar o que o levara sem duvida a progredir. A segunda filosofia optará por condições de treino difíceis.

A justificação é que treinando assim endurece-se a mente, e que ficamos psicologicamente mais fortes interessante visto o lugar que ocupa este fator em mergulho livre. Neste caso, o apneista chegará bastante cedo ao seu limite de compensação, mas terá vários meses pela frente para melhorar antes de utilizar o seu trunfo: a carpa. Se adicionarmos a isso um fato liso, uma lastragem adequada, e boas condições em geral,teremos no final um mergulhador com uma grande margem de progressão.

Esta opção requer uma grande motivação, mas tem oferecido excelentes resultados.

Conclusão

A carpa é sem dúvida uma grande ajuda para quem quer ir mais fundo, mas não devemos esquecer que muitos pontos deverão ser respeitados em prioridade. A segurança com a pratica em grupo, o treino assíduo, e a humildade são elementos que nos farão progredir em segurança.

Quem aqui assistiu Mar Aberto, Mergulho Profundo ou Santuário? Para muitos estes filmes podem ter sido agonizantes, apesar de existir um certo exagero em algumas situações, mas outras são possíveis de acontecer. Mesmo que, proporcionalmente, os acidentes de mergulho são bem menores do que o número de mergulhos operados diariamente no mundo, mas eles existem e por isso pensamos em compartilhar 11 dicas de segurança que todo mergulhador deveria saber.

1 – Condicionamento físico

Mergulhar requer condicionamento aeróbico, força, flexibilidade e resistência muscular. Seu condicionamento físico deve ser compatível com as demandas do seu ambiente de mergulho.

2 – Condicionamento médico

Você precisa considerar tanto condições médicas crônicas quanto problemas de saúde de curto prazo. A congestão aumenta o risco de barotrauma da orelha e dos seios da face, e mergulhadores em viagem enfrentam, com frequência, problemas gastrointestinais que podem afetar sua saúde e seu vigor em geral. Seja honesto consigo; se você sentir que sua saúde está a menos de 100%, adie o seu mergulho.

3 – Condicionamento mental

Muitas pessoas com problemas cotidianos de ansiedade, medos ou outras dificuldades psicológicas podem mergulhar em segurança. No entanto, se, por qualquer razão, a qualquer momento, você ou seu dupla se sentirem despreparados para entrar na água, cancele o mergulho.

4 – Treinamento

Certifique-se de que você está treinado para o tipo de mergulho que fará e pratique regularmente suas habilidades básicas, como esgotamento da máscara, flutuabilidade e compartilhamento de ar. Faça uma reciclagem se você se sentir inseguro ou se não tiver mergulhado nos últimos seis meses ou mais.

5 – Manutenção do equipamento

Os mergulhadores devem compreender as capacidades e limitações de seu próprio equipamento, bem como as do equipamento do seu dupla. Faça manutenções regulares do seu equipamento, busque treinamento tanto no seu uso quanto em sua manutenção e incorpore tempo suficiente para familiarizar-se com o equipamento do seu dupla antes de mergulhar.

6 – Planejamento do mergulho.

Aprenda sobre os perigos, habilidades específicas necessárias e outros aspectos únicos do seu ponto de mergulho. Leve em consideração a vida marinha perigosa, correntes, temperatura e potencial para mudanças rápidas nas condições meteorológicas ou do mar.

7 – Conheça os recursos locais

Faça uma lista escrita das instalações e recursos de emergência próximos ao seu ponto de mergulho, como hospitais, clínicas, provedores de busca e salvamento e serviços de transporte ou ambulâncias. Mergulhadores acidentados devem ser levados sempre ao serviço médico mais próximo, dado que nem todas a câmaras hiperbáricas estão equipadas para receber diretamente mergulhadores acidentados. Ligue para a DAN somente após ter entrado em contato com o pessoal de emergência local.

8 – Faça treinamento de primeiros socorros

Certifique-se de que suas habilidades de primeiros socorros, ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e administração de oxigênio estão atualizadas. Se você não teve a oportunidade de concluir esse treinamento, certifique-se de identificar quem, no seu grupo — talvez um divemaster, companheiro de mergulho ou profissional da área da saúde no ponto de mergulho — possui treinamento.

9 – Leve suprimentos de emergência

É fundamental manter o seu kit de primeiros socorros armazenado adequadamente e com itens dentro do prazo de validade. Você também deve ter certeza de contar com oxigênio suficiente disponível para cuidar de pelo menos um mergulhador acidentado até a chegada do pessoal médico. Obviamente, locais remotos requerem mais oxigênio.

10 – Compartilhe informações

Conte ao seu dupla sobre suas alergias, condições médicas, cobertura de seguros e se você é um associado da DAN. Se você se sentir desconfortável em compartilhar informações pessoais, escreva-as, lacre-as em um envelope e diga ao seu dupla onde ele está. E sempre diga a alguém em terra firme onde você está e a que hora deve retornar.

11 – Fique alerta

Seja um mergulhador alerta. Saiba que, até mesmo quando um mergulhador faz tudo certo, coisas ruins podem acontecer. Não seja pego de surpresa quando elas acontecerem. Um nível maior de treinamento pode trazer calma em meio ao caos.

Fonte: “Passo de Gigante” da DAN

Fonte: Internet

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